No total, há mais de 100 incêndios ativos em todo o país, esta manhã, que estão a mobilizar mais de 700 operacionais, 200 veículos terrestres e sete meios aéreos.
Corpo do artigo
O incêndio florestal em Oliveira de Azeméis, no distrito de Aveiro, continua com quatro frentes ativas e estão mais de 300 elementos a combater as chamas, apoiados por 94 viaturas e dois meios aéreos.
Fernando Maciel, segundo comandante dos bombeiros, revelou à TSF que uma casa chegou a ser evacuada, mas acabou por não ser afetada pelas chamas. Uma mulher foi levada para o hospital com um ataque de pânico.
O alerta para o fogo foi dado às 3h32 e o incêndio, que começou há mais de 12 horas, ainda não foi controlado.
O presidente da câmara de Oliveira de Azeméis, Joaquim Jorge Ferreira, descreve um incêndio de grandes dimensões, mas revela que não há habitações em risco.
TSF\audio\2019\03\noticias\26\joaquim_jorge_ferreira_1_fogo_13h
"É um incêndio com alguma dimensão, um incêndio que, em função das condições do vento poderá propagar-se, alargar a sua área de influência e aquilo que interessa é circunscrevê-lo e procurar que algumas das frentes ativas deixem de estar ativas para que seja mais fácil a concentração de meios nos locais de maior perigosidade", explicou.
Esta segunda-feira, a ANPC emitiu um aviso à população sobre o perigo de incêndio rural, devido à manutenção de temperaturas acima do habitual para a época e "acentuado aumento da intensidade do vento".
A ANPC avisa que o cenário meteorológico "traduz-se num aumento dos índices de risco de incêndio até quarta-feira, com condições favoráveis à rápida propagação de incêndios em todo o território continental", com níveis de risco elevado e muito elevado.
De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) a temperatura máxima está acima dos valores normais para a época do ano, com valores entre 25ºC e 28ºC nas regiões centro e sul e entre 20ºC e 25ºC na região norte.
Está previsto igualmente um aumento da velocidade do vento, do quadrante de leste, com rajadas até 40 km/h e rajadas até 65 km/h no litoral a norte do Cabo Mondego durante a noite e manhã de terça-feira, e no Algarve a partir do fim da tarde.
Face a estas previsões, a ANPC lembra que a queima de matos cortados e amontoados e de qualquer tipo de sobrantes de exploração está sujeita a autorização da autarquia local, devendo esta definir o acompanhamento necessário para a sua concretização, tendo em conta o risco do período e zona em causa.
A ANPC recomenda também a "adequação dos comportamentos e atitudes face à situação de perigo de incêndio rural, nomeadamente através da adoção das necessárias medidas de prevenção e precaução, na utilização do fogo em espaços rurais".
Segundo IPMA, o concelho de São Brás de Alportel, no distrito de Faro, apresenta esta terça-feira risco máximo de incêndio e outros 22 estão em risco muito elevado.
(Notícia atualizada às 16h07)