O autarca de Pombal contou que o município tinha ficado de fora das ajudas estatais para os danos provocados pelos incêndios e que via a visita como uma oportunidade para o "sensibilizar".
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O Presidente da República esteve este domingo em Abiul, freguesia do concelho de Pombal e muito afetada pelos incêndios do verão, e respondeu ao apelo do autarca local, depois de a autarquia ter ficado de fora da ajuda do Estado.
"[Vamos] fazer um levantamento e ver se é possível, uma vez que o critério que foi adotado atendia aos concelhos e, portanto, era preciso que a área atingida fosse superior a 10% do concelho. Aqui é muito superior a isso na freguesia, mas não no concelho", explica Marcelo Rebelo de Sousa.
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Ao início da tarde, o presidente da câmara de Pombal, Pedro Pimpão, pedia, em declarações à TSF, ajuda ao chefe de Estado português.
"O mais importante é, na presença do Presidente da República, alertar para o facto de esta freguesia de Abiul, e o nosso concelho, não estarem dentro daquilo que são as medidas de apoio que o Estado promoveu a nível nacional", alertou Pedro Pimpão, que quis "sensibilizar" Marcelo para que a população de Abiul "seja também contemplada nos apoios para fazer face às consequências dos incêndios".
Mas Marcelo Rebelo de Sousa não deu uma resposta final: "Vamos ver como é que é possível encontrar ou não uma solução. Na parte da florestação está a avançar, na parte da agricultura não e na parte da habitação ainda não. Vamos ver."
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Além da visita, o autarca prometeu também entregar ao Presidente da República, "em mão, um relatório de levantamento de danos" que, só na dimensão agroflorestal, são já "superiores a 5,6 milhões" de euros.
Por agora, o trabalho de recuperação está a ser feito com o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas para a "estabilização de linhas de água e recuperação da floresta", mas o que mais preocupa Pedro Pimpão é a "recuperação da atividade económica e de casas de primeira habitação".