Independente: Início do julgamento marcado para segunda-feira após três adiamentos
Depois de três adiamentos, está marcado para segunda-feira o início do julgamento dos 23 arguidos do caso da Universidade Independente, acusados de crimes económico-financeiros, no Tribunal de Monsanto, em Lisboa.
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O julgamento foi na segunda-feira passada adiado para a próxima segunda-feira pelo colectivo de juízes, presidido por Ana Peres, devido à falta injustificada de um dos arguidos do processo.
O arguido Carlos António Pereira Patrício e o seu advogado faltaram à primeira sessão do julgamento e não entregaram qualquer justificação.
Também o administrador de insolvência da SIDES-Sociedade Independente para o Desenvolvimento do Ensino Superior, empresa detentora da extinta UNI, faltou à chamada, mas justificou a ausência.
Amadeu Lima de Carvalho é um dos principais arguidos do processo e alegado accionista maioritário da empresa detentora da extinta UNI. Está acusado de mais de 40 crimes, incluindo branqueamento de capitais, burla qualificada, corrupção, fraude fiscal e falsificação.
O ex-reitor Luís Arouca e o antigo vice-reitor Rui Verde são outros dos arguidos no processo e respondem por centenas de crimes económicos, alguns cometidos na década de 90.
Lima de Carvalho e o ex-vice reitor Rui Verde estiveram presos preventivamente.
Em Fevereiro de 2009, após uma investigação iniciada em 2006, o Ministério Público (MP) acusou 26 arguidos por crimes de associação criminosa, fraude fiscal qualificada, abuso de confiança qualificada, falsificação de documento, burla qualificada, corrupção activa/passiva e branqueamento de capitais, entre outros ilícitos.