INE já recebeu 26 mil candidaturas para função de recenseador nos Censos de 2021
Nalgumas zonas do país ainda é difícil recrutar, mas, até ao momento, as candidaturas já extrapolaram o número de trabalhadores necessários para 2021.
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O Instituto Nacional de Estatística já recebeu 26 mil candidaturas para a função de recenseador nos Censos 2021. A angariação começou há um mês e o número de candidatos já é mais do dobro do que é necessário, já que o INE necessita de 11 mil pessoas para contar a população a partir de abril.
No entanto, Paula Paulino, coordenadora do Gabinete para os Censos, assegura que todos os interessados ainda vão a tempo de se candidatarem, porque é necessário ter uma equipa de reserva e porque, nalgumas zonas do país, há dificuldades de recrutamento. Paula Paulino assinala que é "mais difícil encontrar candidatos, por exemplo, em áreas rurais mais remotas do interior, onde muitas vezes já há pouca população", e refere que uma característica "importante", apesar de não obrigatória, é o conhecimento que o colaborador detém sobre a área geográfica.
"Obviamente damos preferência a pessoas que residem numa freguesia para a qual se candidatam como recenseador", conclui a responsável. "A cada recenseador é dada área de trabalho, chamada área de acompanhamento. O recenseador é responsável por entregar uma carta com os códigos necessários para a resposta aos censos pela internet, em cada um dos alojamentos dessa sua área." O colaborador é também incumbido de recensear a área geográfica, o parque habitacional e de validar uma lista de edifícios e alojamentos.
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Neste tempo de pandemia, vão ser evitadas formas de contacto direto, garante Paula Paulino. A equipa apostará em medidas como "o reforço da opção de recolha através da internet, a possibilidade de resposta telefónica, dirigida a grupos de população com maior dificuldade de resposta pela internet ou impedidos de contacto presencial, por razões de saúde".
Paula Paulino também assevera que, durante os trabalhos, será garantido o "cumprimento obrigatório de saúde pública", com regras a aplicar sempre que necessário o contacto presencial. À população a responsável deixa um recado: a carta pode e deve ser deixada na caixa do correio.
O processo de recrutamento decorre até ao dia 21 de fevereiro. Qualquer cidadão pode candidatar-se, desde que não tenha dívidas à Segurança Social ou às Finanças.