INEM não esperava "impacto tão severo" das greves. Tempo de espera na linha 112 ronda agora "17 segundos"
Perante a sobreposição das greves na função pública e dos técnicos de emergência pré-hospitalar, na segunda-feira, Sérgio Janeiro garante que houve reforço "dos meios"
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O presidente do INEM, Sérgio Janeiro, garantiu esta sexta-feira que não houve desvalorização perante a greve dos técnicos de emergência pré-hospitalar e que, neste momento, quem liga para 112 "espera 17 segundos".
Entrevistado esta sexta-feira à tarde pela SIC Notícias, Sérgio Janeiro esclarece que, perante o aviso de greve às horas extra, os meios foram reforçados na segunda-feira e admite que não esperava "um impacto tão severo".
"Posso garantir que, sabendo que ia existir uma greve, foram realocados os meios para o CODU. Na segunda-feira, não esperávamos um impacto tão severo da sobreposição das duas greves [função pública e técnicos de emergência pré-hospitalar] e, para esse dia, também teremos uma atenção muito particular para perceber o que é que causou que nesse dia estivessem tão poucas pessoas a atender chamadas relativamente às que estavam escaladas", adianta.
O líder do INEM assegura ainda que os tempos de espera, nesta altura, estão bastante reduzidos.
"Quem liga para o INEM, neste momento, espera 17 segundos, mas nós queremos que esse valor baixe dos 10 segundos", aponta.
Os técnicos de emergência pré-hospitalar iniciaram no dia 30 de outubro uma greve às horas extraordinárias para pedir a revisão da carreira e melhores condições salariais.
A paralisação foi suspensa na quinta-feira, após o sindicato ter assinado um protocolo negocial com o Ministério da Saúde.
Na segunda-feira, a greve dos técnicos de emergência pré-hospitalar obrigou à paragem de 44 meios de socorro no país durante o turno da tarde, agravando-se os atrasos no atendimento da linha 112.
Pelo menos seis pessoas terão morrido na última semana em consequência dos atrasos no atendimento na linha 112, tendo o INEM já confirmado o impacto da greve.