INEM reforçado com mais cem ambulâncias dos bombeiros para enfrentar pico da gripe
As equipas dos bombeiros vão trabalhar em função das necessidades do Instituto Nacional de Emergência Médica
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O INEM vai contar com mais ambulâncias dos bombeiros durante o pico da gripe. Podem ser até uma centena de ambulâncias, com equipas dos bombeiros que vão trabalhar em função das necessidades do Instituto Nacional de Emergência Médica. O dispositivo especial de emergência pré-hospitalar vai ser criado depois da publicação de um despacho que foi assinado há dois dias pelo Ministério da Saúde e deve entrar em vigor a 1 de dezembro.
Entre o primeiro dia de dezembro e o final de fevereiro de 2025, o novo dispositivo prevê a criação de equipas de emergência pré-hospitalar compostas por uma ambulância e dois bombeiros. No despacho assinado pela ministra da Saúde, ao qual a TSF teve acesso, o Governo considera "imperioso" este dispositivo especial para garantir a capacidade de resposta no pico da gripe e de outros vírus respiratórios.
Assim, os bombeiros podem reforçar o INEM com até cem ambulâncias e 200 bombeiros. É o Instituto de Emergência Médica que define o número de equipas e o período em que elas vão funcionar. Em compensação, o INEM vai pagar, por mês, 247,04 euros por cada equipa. Deste valor, 20 euros vão para custos administrativos. O resto, 227,04 euros, será dividido pelos dois bombeiros de cada equipa.
A criação da equipa implica que estará sempre disponível uma ambulância de emergência. Se, por qualquer razão, a viatura não estiver operacional, será aplicada uma penalização ao valor a pagar por dia.
Em declarações à TSF, António Nunes, presidente da Liga dos Bombeiros, sublinha que é "a primeira vez que se faz" um dispositivo destes na área da saúde e garante que existem ambulâncias e bombeiros suficientes, porque o dispositivo é semelhante àquele que é usado na altura dos fogos de verão.
"Este dispositivo é similar àquilo que ocorre durante o verão, com o dispositivo de combate aos incêndios florestai. As ambulâncias existem nas associações humanitárias de bombeiros voluntários, os bombeiros existem e depois é constituir essas equipas para poderem responder de imediato e reforçar os postos de emergência médica que já existem. Naturalmente, precisamos que o CODU atenda adequadamente, que os hospitais respondam adequadamente e, se esses três eixos introduzirem melhorias significativas, nós poderemos ter um inverno diferente e com maior capacidade de resposta", explica à TSF António Nunes.
António Nunes vai reunir-se, esta sexta-feira, com o presidente do INEM para discutir os locais onde serão necessárias estas equipas especiais, mas adianta que as maiores necessidades devem sentir-se nas grandes cidades.
"É normalmente nos grandes centros urbanos que há mais dificuldades nestes períodos gripais, mas não fica completamente claro que seja só isso. Vamos ver e depois também temos de ver a disponibilidade e capacidade de resposta dos corpos de bombeiros e, articulando quer uma situação, quer outra, vamos encontrar outro dispositivo que permita responder com eficácia, eficiência e tempo àquilo que são as solicitações da população em geral, servindo melhor as comunidades", acrescenta.
Notícia atualizada às 10h08