Presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar responde ao apelo deixado por Miguel Guimarães, deputado do PSD, no Fórum TSF, que pediu aos técnicos de emergência pré-hospitalar para suspenderem a greve
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Rui Lázaro devolve o apelo que o antigo Bastonário da Ordem dos Médicos, e atual deputado do PSD, Miguel Guimarães, deixou, esta manhã, no Fórum TSF. O médico pediu aos técnicos de emergência pré-hospitalar, que estão em greve às horas extraordinárias, para levantarem a paralisação. Em declarações à TSF, o presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar rebate o pedido.
"Eu quase que retorquia com o mesmo apelo. Nós estamos desejosos de poder levantar a greve o mais rápido possível. Contudo, com plena consciência de que se não nos forem apresentadas soluções, o sistema de assistência médica vai continuar a piorar, vamos continuar a prestar um pior serviço. Portanto, estamos desejosos, queremos voltar o mais rapidamente possível, mas assim que nos forem apresentadas soluções. Foi isso que acordámos com os nossos associados, é esse o nosso compromisso, que manteremos até ao fim", adianta Rui Lázaro.
Por enquanto, ainda não houve qualquer abordagem do Governo para que os problemas possam ser resolvidos e a greve possa ser levantada. O presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar revela que, "para já, o que sabemos da disponibilidade do Governo foi a que foi transmitida pelos órgãos de comunicação social. A nossa expetativa é que possamos ter um contacto ainda hoje. Nós queremos que se comece a reverter o estado de degradação que os serviços de emergência médica têm sentido nos últimos anos".
Nos últimos dias, várias pessoas acabaram por morrer na sequência de dificuldades no atendimento do INEM. Rui Lázaro espera que todos os problemas recentes e a greve dos técnicos de emergência pré-hospitalar possam fazer com que se comece a olhar para as dificuldades do Instituto Nacional de Emergência Médica.
"Acho que essa é já uma vitória conseguida pelo nosso protesto. Quer os políticos, quer os cidadãos, já olham hoje para nós de uma forma bastante diferente, sobre o papel indispensável que temos no INEM e na emergência médica. Esperemos que seja uma alavanca e que possamos ver a nossa situação valorizada", remata Rui Lázaro, presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar.
