A Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente, estreia esta sexta-feira, 20 de outubro, na Odisseia Nacional do Teatro D.Maria II, com encenação de Pedro Penim, no Teatro Garcia de Resende, em Évora.
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Inês Pereira, podia ser uma mulher deste tempo, mesmo que Gil Vicente tenha apresentado esta comédia há 500 anos, faz agora esta conta redonda, as muitas aventuras, casamentos, amores e desamores desta mulher da classe média do século XVI. Pedro Penim, como diretor do Teatro Nacional, sente essa missão, de alguma forma olhar mais de perto para os clássicos, que por serem clássicos, não perdem o tempo, embora seja uma outra peça.
Nesta reescrita, Pedro Penim, manteve muitas das personagens, tirou outras, mas as palavras saem todas para aqueles atores, como se já estivessem a ser ditas por aquelas bocas.
Pedro Penim aproveita a ideia central de Inês Pereira a mulher que já estava, de certa maneira à frente do seu próprio tempo, e que traz aqui essa ideia do trabalho, ou do não trabalhar, de todo.
Esta é a Inês Pereira, 500 anos depois, continua a marcar o tempo, este tempo, e que continua a sacudir aqueles que são os pilares da sociedade contemporânea, a começar com o trabalho, a sexualidade e o que chamamos família.
a partir de Gil Vicente
texto e encenação Pedro Penim
com Ana Tang, Bernardo de Lacerda, David Costa, Hugo van der Ding, João Abreu, Rita Blanco, Sandro Feliciano
cenografia e adereços Joana Sousa
figurinos Béhen
desenho de luz Daniel Worm d"Assumpção
desenho de som e sonoplastia Miguel Lucas Mendes
vídeo Jorge Jácome
assistência de encenação Joana Brito Silva
ponto Lídia Muñoz
produção Teatro Nacional D. Maria II
A Farsa de Inês Pereira, de Pedro Penim, estreia esta sexta feira 20 de outubro, no Teatro Municipal Garcia de Resende, em Évora, dentro da Odisseia Nacional do Teatro D. Maria II.