O presidente da Autoridade Nacional do Medicamento esclarece que a equipa médica que acompanha a criança terá de enviar informação para comprovar o uso excecional do medicamento, que ainda não é comercializado na Europa.
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O Infarmed ainda não recebeu o pedido para autorizar o uso excecional do medicamento no caso da bebé Matilde, que nasceu a forma mais grave da Atrofia Espinhal Muscular.
Numa conferência de imprensa, o presidente da Autoridade Nacional do Medicamento, Rui Ivo, explicou que o pedido deve ser feito pela equipa médica que acompanha a bebé.
Rui Ivo explica ainda que o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, onde a criança está internada, tem ainda de enviar informação clínica para comprovar o uso excecional do medicamento.
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"Essa informação é objeto de avaliação e será tomada depois a decisão de autorização. A partir desse momento, o medicamento poderá ser adquirido. Neste caso através da via excecional, pelo SNS", explicou Rio Ivo.
Em causa está um medicamento que custa cerca de dois milhões de euros mas que não tem autorização comercial na Europa.
Apesar da família da bebé já ter conseguido juntar o dinheiro, fruto de uma campanha de recolha de donativos, o medicamento só pode ser administrado à criança depois do pedido médico ser feito ao Infarmed.