"Infelizmente, temos aqui muitos." Centro de Famalicão recolheu 600 animais e 500 foram adotados
Hoje é o Dia Mundial do Animal. De norte a sul são diversas as atividades que celebram este dia, desde ações de adoção, caminhadas com cães e até libertação de animais selvagens reabilitados. Em Famalicão, o Centro de Recolha Oficial Animal vai assinalar a data no parque canino do Parque de Sinçães
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O Dia Mundial do Animal comemora-se esta sexta-feira e de norte a sul do país são diversas as atividades que celebram este dia, desde ações de adoção, caminhadas com cães e até libertação de animais selvagens reabilitados. Em Famalicão, o Centro de Recolha Oficial Animal (CROA) vai assinalar a data no parque canino do Parque de Sinçães, como explica Fidélia Aboim, veterinária no centro.
Além de poder brincar com os cães e os gatos que estão disponíveis para adoção, serão realizadas atividades para crianças ligadas ao dia que se comemora.
Todos os anos, centenas de animais chegam ao CROA, recolhidos das ruas ou entregues por impossibilidade de guarda. Outros tantos ganham novas casas.
Ao entrar pelas portas do CROA, é com grande furor que se é recebido. Para não deixar passar em branco o Dia Mundial do Animal, a instituição leva ao parque de Sinçães alguns dos muitos animais que acolhem todos os anos.
Fidélia Aboim, veterinária no centro, conta à TSF como se celebra este dia: “Vamos levar alguns dos nossos animais, principalmente cães, para conviverem com as pessoas e principalmente com crianças. Vamos aproveitar para fazer uma ação de sensibilização com escolas do concelho que vão passar pelo local, onde as crianças vão aprender regras de passeio, de higiene, de respeito pelos animais. Outras pessoas podem também passar por lá, ver os animais que levamos, porque infelizmente temos aqui muitos, vai ser uma amostra. Podem interagir com eles no parque e depois marcar uma visita aqui ao nosso centro para poderem adotar um animal, se for essa a vontade. Sempre uma adoção responsável, pedimos nós.”
Mas não é apenas no Dia Mundial do Animal que estes cães e gatos podem ser adotados.
“A pessoa faz uma visita, nós tentamos questionar sobre o seu estilo de vida, o tipo de habitação, o ambiente familiar a nível de horários, perceber se são só adultos, se há crianças, para conseguirmos indicar o animal ideal. Se tiverem outros animais, nós pedimos que o tragam para conviver e interagir com o animal que está a pensar adotar, de modo a haver aceitação entre eles. Depois de ser preenchida uma ficha de responsabilidade de adoção, fazemos a transferência do microchip, a identificação eletrónica, para a pessoa que o vai levar. No fim, esperamos que seja uma adoção para a vida”, conta Fidélia.
O CROA apela sempre à adoção responsável e ao compromisso para com a vida do animal. A veterinária adianta que até agosto recolheram mais de 600 cães e gatos. Desses, cerca de 500 foram já adotados. Fidélia afirma ainda que os gatos são mais adotados que os cães e que muitas vezes tentam mudar a mentalidade dos clientes, apelando à adoção de gatos, que muitas vezes se enquadram melhor ao estilo de vida que as pessoas têm.
Mas como se processa o momento da recolha dos animais? “No caso dos cães, a recolha é feita e eles são desparasitados, esterilizados, depois de todos os processos são postos para adoção. Às vezes também recolhemos animais com microchip. Nesses casos alertamos o tutor. Outros, que não tendo microchip têm tutor, nós publicamos nas redes sociais. Damos sempre 15 dias que são impostos por lei. Não aparecendo o tutor, são encaminhados para adoção”, explica a veterinária.
Atualmente, este centro animal dá casa a 160 cães e 60 gatos, que aguardam por um novo lar.
