Presidente da Iniciativa Liberal acredita que "há suficiente sentido de responsabilidade dentro do PS para que esta moção possa ser aprovada nesta altura".
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A IL decidiu apresentar uma moção de censura ao Governo de António Costa.
"Este estado de coisas não pode continuar e este Governo não pode continuar. Por isso, anuncio que a Iniciativa Liberal vai apresentar moção de censura ao Governo", anunciou João Cotrim de Figueiredo esta quinta-feira na Assembleia da República.
O presidente da Iniciativa Liberal sabe que o PS "tem maioria absoluta, por isso é uma moção que tem mais probabilidade de não passar". Contudo, acredita que "há suficiente sentido de responsabilidade dentro do PS para que esta moção possa ser aprovada nesta altura".
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A demissão de Pedro Nuno Santos e todo o caso que a envolveu é, para a IL, "um dos motivos para censurar o Governo".
"É um Governo que mostrou uma arrogância crescente. Uma maioria absoluta que se acha com poder absoluto", atira o líder liberal.
O Ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, apresentou na quarta-feira à noite a demissão do cargo ao primeiro-ministro, António Costa, que a aceitou.
Em comunicado divulgado esta quinta-feira pelo gabinete do ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos explicou que "face à perceção pública e ao sentimento coletivo gerados em torno" do caso da TAP, decidiu "assumir a responsabilidade política e apresentar a sua demissão", já aceite pelo primeiro-ministro António Costa.
O ministro das Finanças, Fernando Medina, demitiu na terça-feira a secretária de Estado do Tesouro, menos de um mês depois de Alexandra Reis ter tomado posse e após quatro dias de polémica com a indemnização de 500 mil euros da TAP, tutelada por Pedro Nuno Santos.