Início da construção do novo aeroporto não está dependente de estudo sobre aves
Trabalho tem como objetivo "monitorizar o período de migração das aves".
Corpo do artigo
O presidente da Agência Portuguesa do Ambiente explica que o estudo sobre o comportamento das aves, pedido na Declaração de Impacto Ambiental sobre o aeroporto do Montijo, não é determinante para que seja tomada a decisão de construir a nova infraestrutura.
Em declarações à TSF, Nuno Lacasta esclarece que o trabalho pedido serve apenas para registar a forma como se comportam as aves que utilizam o estuário do Tejo.
11734411
"É um detalhe relativamente a estudo anteriores", começa por explicar, que permitiram chegar à conclusão de que este projeto é "ambientalmente viável".
O fator realmente determinante, explica Nuno Lacasta, é que "um conjunto de medidas que estão previstas na Declaração de Impacto Ambiental seja apresentado", realçando ainda que a declaração é "vinculativa". A decisão não prevê que estas medidas não sejam apresentadas.
TSF\audio\2020\01\noticias\22\nuno_lacasta_2_obras
O estudo sobre o comportamento das aves deve "arrancar de imediato, com vista a monitorizar o período de migração das aves e será feito um ponto da situação aquando da entrega do estudo". O trabalho demorará cerca de um ano a ser concluído, algo que não impede que as obras do novo aeroporto avancem.
ANA - Aeroportos de Portugal considerou positiva a emissão da Declaração de Impacte Ambiental (DIA) do aeroporto no Montijo, mas salientou o facto de a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) não ter acolhido as suas propostas alternativas.
11735560
"A ANA regista como positiva a emissão da DIA que viabiliza em definitivo a concretização do projeto aeroportuário de Lisboa e estabiliza a solução dual composta pelo Aeroporto Humberto Delgado [em Lisboa] e o aeroporto do Montijo, nos termos definidos pelo Governo", refere a empresa gestora dos aeroportos nacionais numa declaração escrita enviada à Lusa.