A Inspeção Geral das Atividades em Saúde (IGAS) abriu um processo de averiguações sobre a inoperacionalidade das VMER [Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação], anunciou o Ministério da Saúde.
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Num comunicado hoje divulgado, a tutela refere que «nos dois últimos anos, (2012 e 2013) a inoperacionalidade das VMER diminuiu 40%», sendo que «entre 2010 e 2011 tinha aumentado 4%».
«Acrescenta-se que 2013 foi o ano de menor inatividade de sempre das VMER», pode ler-se na nota, onde o Ministério da Saúde sustenta que «a inoperacionalidade global das VMER, em 2013, foi de 4,1%, ou seja, registou-se uma operacionalidade de 95,9%».
De acordo com a tutela, 18 VMER tiveram, no ano passado, «uma operacionalidade superior a 99%, enquanto sete chegaram mesmo aos 99,9%».
«A mais baixa operacionalidade entre as VMER registou-se precisamente no Hospital do Espírito Santo, em Évora, com 88,2% nos primeiros 59 dias deste ano, nos primeiros 59 dias a VMER de Évora esteve inoperacional pouco mais de 12 horas», refere o comunicado.
No domingo à noite, quando ocorreu um acidente com dois mortos, perto de Reguengos de Monsaraz, a viatura de emergência do Hospital de Évora estava indisponível devido a «motivos de doença de um profissional escalado», segundo esclareceu a Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo.
A VMER do Hospital de Évora está hoje de novo parada, desde as 08:00 e até às 16:00, por falta de recursos humanos, disse à agência Lusa fonte hospitalar.
No comunicado hoje divulgado, o Ministério da Saúde «reconhece as dificuldades, particularmente na área dos recursos humanos, que a gestão das VMER suscita aos Hospitais», garantindo que «está determinado a desenvolver medidas para melhorar o sistema de socorro».
«Por estas razões, o Ministério da Saúde tem em fase de finalização um diploma que definirá as competências de cada serviço hospitalar de urgência. Em breve será publicado despacho a regular a relação das equipas de VMER com cada hospital», refere.