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«Os trabalhos estão atrasados» no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa disse um dos advogados da defesa dos quatro polícias da PSP detidos, na sexta-feira, por tráfico de droga.
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O inquérito poderá prolongar-se até domingo, disse um dos advogados de defesa dos quatro agentes da PSP detidos na sexta-feira por tráfico de droga, segurança privada ilegal e outros ilícitos começaram esta tarde a ser ouvidos no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa.
O mesmo advogado referiu, em declarações aos jornalistas, que «os trabalhos estão muito atrasados» e admitiu que se possam prolongar até domingo.
Além dos quatro polícias detidos - um oficial (subcomissário), um chefe e dois agentes da PSP -, foi também detido um cidadão civil. Os cinco detidos têm idades entre os 32 e 47 anos.
Segundo revelou aos jornalistas o intendente Luís Elias, os quatro polícias detidos «são todos» do Comando Metropolitano de Lisboa, designadamente da zona de Cascais.
Os polícias constituídos arguidos estão ainda no activo, podendo vir a ser alvo de processos disciplinares, admitiu o mesmo responsável da PSP.
No âmbito de uma investigação coordenada pela Unidade Especial de Combate à Criminalidade Especialmente Violenta do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, iniciada em Março, outros quatro suspeitos - incluindo três elementos da PSP (um oficial e dois agentes) - foram também constituídos arguidos, mas não foram detidos por «não estarem reunidos os pressupostos legais para a sua detenção"».
No decurso da investigação cumpriram-se 19 mandados de busca que visavam residências, quatro estabelecimentos de diversão nocturna e duas esquadras de polícia, entre outros locais, segundo o intendente Luís Elias.
Na operação foram apreendidos cinco revolveres, quatro pistolas, três caçadeiras, três armas de alarme, uma arma de alarme adaptada, uma carabina, uma pressão de ar, cerca de 1.300 munições de diversos calibres, diversas armas brancas, equipamento de vigilância, equipamento informático, oito viaturas e cerca de 13.500 euros em numerário.
O Ministério Público vai pedir a prisão preventiva dos quatro polícias, segundo disse à Lusa fonte do DIAP.