O Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana «está à beira da falência», mas foi possível injetar 50 milhões de euros naquele organismo para reabilitação, disse a ministra da Agricultura.
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«O IHRU está numa situação financeira à beira da falência, o que se tem feito é redimensionar os esforços para os meios que se tem», disse Assunção Cristas.
A ministra falava no Parlamento, onde foi ouvida pelas comissões de Orçamento, Finanças e Administração Pública e de Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local, no âmbito da apreciação da proposta do Orçamento do Estado (OE) para 2013 na especialidade, numa audição que durou perto de cinco horas.
Segundo Assunção Cristas, o IHRU teve de «pegar no que existe, reconfigurar programas e renegociar com bancos as linhas de crédito para as direcionar para as novas realidades: habitação e arrendamento».
«Neste momento conseguimos alocar 50 milhões de euros especificamente para reabilitação urbana, destinados ao arrendamento», acrescentou.
A ministra disse ainda que as dívidas ao IHRU, no valor de 123 milhões de euros, «estão neste momento com créditos mal parados».
A governante frisou assim que aquele instituto «não tem receitas próprias porque estes investimentos não estão a ser amortizados» e «também não recebe do Orçamento do Estado».
Referindo-se ao OE para o seu ministério, Assunção Cristas disse ser «um orçamento realista» e adiantou que mantém o objetivo geral de pagar as dívidas.
A ministra indicou que há a possibilidade de direcionar os 3,4 milhões de euros que resultaram do Arco Ribeirinho Sul para pagar algumas das «dívidas pendentes dos polis antigos».
Assunção Cristas reafirmou a intenção de concessionar as Águas de Portugal, sublinhando que «é a maneira de trazer para o sistema verbas importantes para prosseguir com investimentos na área».