Instituto + Liberdade: "O nosso objetivo não são as próximas eleições, são as próximas gerações"
Carlos Guimarães Pinto, presidente do Conselho de Curadores do Instituto Mais Liberdade, revela, nesta entrevista à TSF, os objetivos do instituto e defende que as literacias económica, política e financeira são valores essenciais.
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O Instituto + Liberdade, uma iniciativa com mais de cinco mil fundadores e que se destina a promover a literacia financeira e a liberdade, é inaugurado esta sexta-feira.
Carlos Guimarães Pinto, presidente do Conselho de Curadores, explica, em declarações à TSF, que um cidadão conhecedor das matérias financeiras está mais capacitado para avaliar as políticas e os governantes. E esse é uma dos objetivos do instituto Mais Liberdade, enfatiza.
Ainda neste mês e no próximo, arrancam as primeiras ações, que não farão política de forma direta. "Não nos vamos meter nisso, isso é com os partidos e plataformas que visem unir partidos ou encontrar qualquer coisa. Não é o nosso objetivo; o nosso objetivo não são as próximas eleições, são as próximas gerações."
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O empresário não tem dúvidas de que "existe uma correlação muito clara entre a literacia financeira e o desenvolvimento de um país".
"A possibilidade de as pessoas tomarem decisões até muito básicas sobre a sua vida familiar, sobre os seus negócios, é fundamental para que uma economia cresça, mas não só por isso. É importante para as pessoas em si, para a sua vida, para a sua família, para os seus negócios, mas também para a forma como avaliam as decisões políticas."
Um dos objetivos do Instituto + Liberdade é, por isso, aprofundar conhecimentos, uma vez que "uma sociedade em que as pessoas tenham mais literacia financeira, mais literacia económica, é mais capaz de escrutinar as decisões que os políticos tomam; grande parte delas, de uma forma ou de outra, tem sempre impactos económicos".
O instituto será responsável pelo desenvolvimento de várias atividades, entre as quais o lançamento de vídeos sobre literacia económica e financeira, uma academia para jovens aspirantes a políticos "para perceberem como se toma decisões, as questões de ética, como se deve envolver a ciência na tomada de decisões políticas", um programa de literacia económica e financeira nas escolas", uma plataforma de informação sobre discussões públicas da atualidade.
As iniciativas arrancarão entre fevereiro e março. Devido à situação epidemiológica, no entanto, os responsáveis pelo instituto adiaram o princípio do programa de literacia para o início do próximo ano letivo.
* e Catarina Maldonado Vasconcelos