Integração no SNS e a "criação de um instituto de prevenção": os apelos da Associação Protetora dos Diabéticos
José Manuel Boavida defende, na TSF, que o instituto permitirá agir "além daquilo que são os apelos gerais à melhoria dos comportamentos das pessoas"
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A Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal apelou, esta segunda-feira, para processos mais ágeis na partilha de informação com os médicos de família dos utentes e defendeu a criação de um instituto de prevenção da doença.
No âmbito da reunião com a ministra da Saúde, que decorre na manhã desta segunda-feira, José Manuel Boavida, presidente da associação, sublinha, em declarações à TSF, que é preciso tornar eficaz a integração da associação no Serviço Nacional de Saúde.
"Cerca de 95% das pessoas que vêm à associação, vêm através do seu médico-família, portanto, é necessário que os médicos-família tenham acesso ao processo clínico da associação e a associação que tenha acesso aos processos clínicos dos centros de saúde e dos hospitais para poder conhecer o histórico. Este é um ponto absolutamente fundamental", aponta, em declarações à TSF, esclarecendo que uma resposta mais eficaz a estes doentes só é possível se houver uma integração dos "sistemas informáticos".
José Manuel Boavida expressa ainda a vontade de alargar a prevenção desta doença, não apenas às autarquias que têm colaborado diretamente com a associação, mas também a todo o país, propondo, por isso, a criação de um instituto de prevenção da diabetes.
"Em segundo lugar, queremos alargar a prevenção da diabetes a todo o país e não só às autarquias connosco que têm colaborado, através da proposta da criação de um instituto de prevenção da diabetes que, com um foco mais preciso na diabetes, vai além daquilo que são os apelos gerais à melhoria dos comportamentos das pessoas", revela.
O presidente da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal destaca assim que, para ser possível melhorar comportamentos numa perspetiva de prevenção da doença, é preciso identificar as "pessoas que estão em risco".
No encontro desta manhã com Ana Paula Martins, José Manuel Boavida deverá ainda abordar as 2500 bombas de insulina automáticas que deveriam estar disponíveis no mercado até ao final do ano e que, afinal, não vão estar.
O líder da associação entende que os concursos públicos atrasam todo o processo e considera que esta metodologia deveria passar pelas farmácias.
