"Inúmeros prejuízos." Pombal pede ajuda ao Governo para resolver danos do fogo
Vereadora da Proteção Civil diz que há muito a fazer.
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Mais de mil hectares ardidos, culturas e produções agrícolas destruídas. É o primeiro balanço dos incêndios que, na semana passada, atingiram o concelho de Pombal. A autarquia já começou a fazer um levantamento dos danos e pede ajuda ao Governo. Catarina Silva, vereadora da Proteção Civil, diz que há muito a fazer.
"Na freguesia de Abiul temos uma área ardida decorrente do incêndio de cerca de 1086 hectares e depois na Serra de Sicó, que é um dos nossos ex-líbris, ardeu felizmente bastante menos, cerca de 200 hectares. Em Abiul temos três primeiras habitações destruídas pelo fogo, em que ardeu o telhado. Temos também algumas habitações com danos, mas que oferecem segurança para que a família continue lá", contou à TSF Catarina Silva.
A Câmara Municipal de Pombal formou uma equipa de acompanhamento e levantamento de prejuízos e danos provocados pelos incêndios que atingiram o concelho de Abiul, no distrito de Leiria. Catarina Silva diz que muitas produções agrícolas ficaram totalmente destruídas.
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"Temos inúmeros prejuízos ao nível de infraestruturas agrícolas como, por exemplo, máquinas, tratores e culturas que arderam por completo. Estamos a falar de uma zona do concelho com uma taxa de envelhecimento elevada, ainda com alguma agricultura de subsistência. Estamos a fazer este levantamento e também pedimos já a colaboração da Direção Regional de Agricultura para percebermos, com os beneficiários e com os munícipes, algumas possibilidades de concorrerem ou terem acesso a outro tipo de apoios para recuperarem os seus negócios. Estamos a falar de pecuárias e muitas outras situações de pessoas que tinham animais para subsistência e para comércio", acrescentou a vereadora da Proteção Civil.
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A autarquia pede ajuda ao Governo para que se possa avançar o mais rapidamente possível com a reconstrução das casas e da zona ardida. O incêndio que deflagrou na freguesia de Abiul, em Vale da Pia na sexta-feira, dia 8 de julho, só entrou em resolução na madrugada de 15 de julho.
O relatório do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) indicou na quarta-feira que até 15 de julho ocorreram oito incêndios com uma área ardida superior ou igual a 1.000 hectares, sendo o fogo que começou a 8 de julho em Abiul, no concelho do Pombal, em Leiria, o que consumiu a maior área até àquela data, num total de 4.467.
Leiria é mesmo o distrito mais afetado em área ardida até 15 de julho, com 9.185 hectares, cerca de 23% da área total ardida até sexta-feira, seguido de Bragança com 5.138 hectares (13% do total) e de Aveiro com 4.097 hectares (10% do total).
Portugal continental está em situação de alerta, nível de resposta mais baixo previsto na Lei de Bases da Proteção Civil, desde segunda-feira e até quinta-feira, devido ao risco de incêndio, depois de ter estado em contingência, nível intermédio, durante sete dias.