No dia em que a Fundação Francisco Manuel dos Santos promove o debate sobre o filho único, a TSF conversou com o escritor António Torrado.
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António Torrado tem 76 anos e lembra-se bem da frase repetida ao longo de toda a infância:"se não puder ser um irmão, ao menos que seja um cão".
Os pais não lhe deram um irmão mas o cão chegou. António Torrado admite, sem vergonha, que Tarik, assim se chamava o cão, foi o equivalente a um quase irmão.
O escritor e dramaturgo sublinha que foi o cão que o ajudou a ultrapassar a morte dos pais. Conta que esses foram os momentos de maior aflição e considera que nessa altura foi um ser único na terra, à beira do precipício.