Investigador da Universidade de Coimbra estuda círculos de pedras na Antártida
Trata-se de padrões que se formam nas zonas livres de gelo da Antártida e que ajudam a perceber o clima que existiu na região nos últimos 10 mil anos.
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Há cerca de quatro anos que Pedro Pina, professor da Universidade de Coimbra, está a estudar e a monitorizar a evolução de círculos de pedras naturais em regiões livres de gelo na Antártida.
O docente explica que se trata de padrões que foram criados pela “variação da temperatura” entre o inverno e o verão, “em que a superfície congela e descongela”.
Estes círculos de pedras apresentam um diâmetro de um a quatro metros e, segundo Pedro Pina, “têm a forma mesmo de um bolo-rei”.
“Têm uma coroa circular formado por pedras, e a parte interior normalmente é solo fininho, e não há nada no interior, mas tem este anel que é se forma naturalmente pela dinâmica de congelamento/descongelamento do subsolo”.
A variação sazonal entre o inverno e o verão “faz com que estas pedras se movimentem e sejam organizadas nestes padrões naturais”, acrescenta o investigador do Departamento de Ciências da Terra da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC.
Pedro Pina afirma que o interesse em estudar estes padrões é porque “são um indicador de um clima no passado”. “Para se terem formado teve que haver determinados tipos de condições do clima. Por exemplo, se as temperaturas fossem sempre negativas, se não houvesse descongelamento de superfície, estes padrões não se formariam”.
E as mudanças do clima não são de hoje. “O clima, ou a Terra, já estava a aquecer nos últimos 10 mil anos. Não é algo que esteja a acontecer só agora. Só que nos últimos 200 anos tem a ver com a atividade humana, para trás era um processo que tinha a ver com processos naturais”.
O investigador quer prolongar este estudo nos “próximos cinco a 10 anos” e continuar a identificar outras regiões. A intenção é também “perceber como é que as pedras que formam estes círculos se movimentam”.
Toda a informação geológica recolhida no âmbito do projeto CAMOES, financiado pelo Programa Polar Português (PROPOLAR), será compilada num mapa detalhado desta região polar.
O docente explica que se trata de padrões que foram criados pela “variação da temperatura” entre o inverno e o verão, “em que a superfície congela e descongela”.
Estes círculos de pedras apresentam um diâmetro de um a quatro metros e, segundo Pedro Pina, “têm a forma mesmo de um bolo-rei”.“
"Têm uma coroa circular formado por pedras, e a parte interior normalmente é solo fininho, e não há nada no interior, mas tem este anel que é se forma naturalmente pela dinâmica de congelamento/descongelamento do subsolo."
A variação sazonal entre o inverno e o verão “faz com que estas pedras se movimentem e sejam organizadas nestes padrões naturais”, acrescenta o investigador do Departamento de Ciências da Terra da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC.
Pedro Pina afirma que o interesse em estudar estes padrões é porque “são um indicador de um clima no passado”. “Para se terem formado teve que haver determinados tipos de condições do clima. Por exemplo, se as temperaturas fossem sempre negativas, se não houvesse descongelamento de superfície, estes padrões não se formariam”.
E as mudanças do clima não são de hoje. “O clima, ou a Terra, já estava a aquecer nos últimos 10 mil anos. Não é algo que esteja a acontecer só agora. Só que nos últimos 200 anos tem a ver com a atividade humana, para trás era um processo que tinha a ver com processos naturais”.
O estudo pode também ajudar a perceber o presente. Pedro Pina conta que foram identificados círculos ativos e inativos e “se já não estão ativos, é porque as variações de temperatura entre o inverno e o verão já não são muito elevadas”.
“Quer dizer que durante o inverno, muito provavelmente, estes solos já não congelam. E não congelarem significa que a temperatura de inverno também está a aumentar. Ou seja, também nos indicam o que está a acontecer agora e dá para perceber no futuro, as temperaturas destes solos vão continuar a aumentar”, acrescenta.
O investigador quer prolongar este estudo nos “próximos cinco a 10 anos” e continuar a identificar outras regiões. A intenção é também “perceber como é que as pedras que formam estes círculos se movimentam”.
Toda a informação geológica recolhida no âmbito do projeto CAMÕES, financiado pelo Programa Polar Português (PROPOLAR), será compilada num mapa detalhado desta região polar.
