Um grupo de investigação da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra criou embalagens comestíveis para alimentos como frutas, legumes ou o queijo.
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São embalagens feitas de película ou em spray e que podem ser cozinhadas ou ingeridas diretamente com os alimentos. Marisa Gaspar é a investigadora principal do projeto e explica que as embalagens não só são comestíveis como são mesmo benéficas para os consumidores "ao nível da prevenção de determinadas patologias".
As preocupações ambientais foram outra das motivações para a criação destas embalagens. As investigadoras explicam que, deste modo, é possível "aumentar a vida útil dos produtos, evitar o desperdício e reduzir a produção de lixo plástico".
O revestimento é criado a partir de produtos que a indústria alimentar considera resíduos como fruta com dimensões não adequadas ou a casca de batata e de marmelo. Os produtos são depois triturados e transformados em farinhas usadas como matéria-prima. A partir daí, são criadas "várias combinações das farinhas de forma a conseguir obter as melhores propriedades" para as embalagens.
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Quanto ao sabor, Marisa Gaspar explica que as películas vão transferir "algum aroma" e que o próximo passo para a investigação passa por "fazer estudos para avaliar se as embalagens têm um sabor e textura agradável para o consumidor".
Apesar de alguns detalhes por finalizar, a investigadora diz que as embalagens não estão longe de estar preparadas para a comercialização, e que já existiram contactos com algumas empresas para a produção à escala industrial.