Três meses depois do alerta da Liga de Bombeiros que pedia obras urgentes no IP3, devido à elevada sinistralidade, ainda nada foi feito.
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Em 2015, esta estrada registou 165 acidentes que provocaram uma dezena de vítimas mortais. Só ontem, dois acidentes, nos concelhos de Tondela e de Coimbra, fizeram cinco feridos mas as prometidas obras ainda não chegaram ao terreno numa das estradas que maior movimento regista no país.
A empresa Infraestruturas de Portugal garante que, ao longo de 2017, o IP3 vai receber obras de conservação no valor de um milhão de euros. Dinheiro que "servirá para estabilizar taludes, melhorar o piso e a sinalização".
Mas o arranque dos trabalhos ainda não tem data prevista e circular nos 77 quilómetros que ligam Viseu a Coimbra, e por onde passam diariamente mais de 18 mil veículos, vai continuar a ser "uma aventura".
Frederico Sousa conduz um camião de 40 toneladas e considera o IP3 "uma estrada estreita, desadequada a camiões e com chuva a exigir muita cautela".
O autarca de Mortágua concorda. Júlio Norte acrescenta que os maiores problemas para quem circula no IP3 "ocorrem no inverno. Há muitos lençóis de água, muitos taludes degradados e com possibilidade de haver derrocadas".
E há mesmo troços que "há já quatro anos que aguardam por obras, como sucede na Espinheira", adianta o comandante dos Bombeiros de Penacova.
António Simões reclama "obras urgentes num troço com piso degradado, sinalização horizontal quase invisível e em dias de chuva é quase impossível circular".
Apesar do alerta da Liga de Bombeiros nos 77 km do IP3 são poucos os sinais de obras. Apenas estão a ser construídas duas passagens superiores para peões, no concelho de Santa Comba Dão e foi instalado um radar junto a Oliveira do Mondego.