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O Instituto Superior de Economia e Gestão de Lisboa (ISEG) vai lançar um mestrado «especializado nas relações económicas entre a China e os Países de Língua Portuguesa», anunciou em Pequim um responsável da Instituição.
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Trata-se de um mestrado de dois anos, organizado em colaboração com a Escola de Comercio Internacional do Universidade de Estudos Estrangeiros de Tianjin, no norte da China, e deverá começar no ano letivo 2016/17, indicou à agência Lusa a vice-presidente do ISEG, Rosa Borges.
A criação do mestrado foi anunciada durante uma exposição internacional sobre educação (China Internacional Education Exhibition Tour 2015), realizada no fim de semana em Pequim com a participação de dezenas de universidades de mais de vintes países e regiões.
Além do ISEG, participou a Universidade Católica Portuguesa, que já tem um "Mestrado Atlântico", focado em gestão, com a duração de três trimestres e cujas aulas decorrem em Angola, Brasil e Portugal.
«As relações entre os países vão para além da política, da economia, do comércio e do investimento. Só é possível alcançar uma profunda compreensão e amizade quando as pessoas estão envolvidas», disse o embaixador de Portugal, Jorge Torres-Pereira, durante uma apresentação promovida pelo ISEG.
«A presença de estudantes chineses é um elemento muito importante deste intercâmbio entre as sociedades civis dos dois países», acrescentou.
A delegada em Pequim da Agencia para o Investimento e Comercio Externo de Portugal (AICEP), Alexandra Ferreira Leite, exortou também os jovens chineses a estudar em Portugal, descrevendo o pais como «um dos melhores lugares do mundo para viver» e um dos «mais pacíficos».
O comércio entre a China e os países de língua portuguesa cresceu mais de vezes na última década, excedendo os 132.000 milhões de dólares em 2014.
Num outro fórum internacional sobre educação realizado em Pequim, a Universidade de Coimbra procurou igualmente atrair estudantes chineses.
«Acreditamos que há um número significativo de estudantes chineses que querem ter uma formação de base e de qualidade em língua portuguesa. Sempre tivemos estudantes chineses vindos de Macau, mas a verdadeira procura, que não tem tido vazão, vem da China continental», disse à agência Lusa o vice-reitor da Universidade de Coimbra (UC) responsável pelas relações internacionais, Joaquim Ramos de Carvalho.