Pedro Portugal Gaspar explica, em declarações à TSF, que o incumprimento do IVA Zero motivou a abertura de processos-crime por especulação.
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A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) afirma que ainda há infratores a cobrar os 6% de IVA aos bens alimentares essenciais, mais de um mês após a entrada em vigor do IVA Zero, que aconteceu em 18 de abril.
Na sequência de uma ação de fiscalização a mais de 400 operadores "de norte a sul do país", foram detetadas 23 situações de incumprimento da isenção IVA em alimentos do cabaz alimentar essencial.
O inspetor-geral da ASAE, Pedro Portugal Gaspar, revela que foram encontradas irregularidades nas últimas fiscalizações no final do mês passado, em maio, sobretudo no pequeno comércio, mas também em grandes superfícies.
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Pedro Portugal Gaspar explica à TSF que em causa está a prática de especulação, foram instaurados por isso processos-crime por especulação, que depois são remetidos para o Ministério Público.
"O que se antecipa é que haja depois o pagamento de uma multa penal, cujo montante vai ser superior àquilo que terá sido o ganho económico", afirma.
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Antes da entrada em vigor do IVA Zero, logo a 15 de março, a ASAE e o Governo anunciaram a maior fiscalização de sempre em supermercados. Uma ação em resposta ao aumento dos preços de bens alimentares em Portugal, muito acima da inflação e muito acima dos preços praticados na União Europeia, mas ainda não há resultados.
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Pedro Portugal Gaspar assegura que esse trabalho continua, bem como a fiscalização à aplicação do IVA zero a 46 categorias de produtos alimentares.