IVA zero. Governo foi ao supermercado para combater "desconfiança" dos portugueses
Corpo do artigo
Num dos hipermercados de Telheiras, em Lisboa, as compras decorrem sem sobressaltos. Os clientes fazem as compras habituais, mas olham com mais atenção para as etiquetas: os produtos com IVA zero, têm agora a comparação com o preço anterior.
Alguns clientes, ouvidos pela TSF, desconfiam do impacto do IVA zero no pagamento final, já que as superfícies "aumentam os preços para reduzirem o IVA" e, nas últimas semanas, "os preços aumentaram mais de 20 por cento".
Há quem considera, no entanto, que a medida do Governo "é uma ajuda", embora "insuficiente" para fazer face ao aumento da inflação.
TSF\audio\2023\04\noticias\18\francisco_nascimento_costa_hiper_telheiras_18h
Em Telheiras, num dos estabelecimentos comerciais que António Costa visitou, o aparato só cresceu com a entrada do primeiro-ministro, de resto, a manhã decorreu num ambiente calmo e habitual.
Rafael António não se cruzou com António Costa, pagou as compras antes de o primeiro-ministro chegar ao estabelecimento comercial. Mas se tivesse oportunidade de falar com António Costa, tinha as palavras na ponta da língua.
"O IVA zero é uma medida política, de faz de conta. Não acreditamos que vá resolver o problema da inflação", disse.
O Executivo, no entanto, acredita que os preços vão baixar, com a ajuda do IVA zero, e a medida vai fazer-se sentir na carteira dos portugueses. "As pessoas fazem compras todas as semanas e isto soma-se durante seis meses", explicou o secretário de Estado do Turismo e Comércio, Nuno Fazenda, em declarações à TSF.
O Governo deixou ainda a garantia que o IVA zero, que fica em vigor até ao final de outubro, pode ser prolongado daqui a seis meses. O primeiro-ministro e os secretários de Estado deixaram a superfície comercial de mãos abanar, sem fazerem compras, mas ainda houve tempo para abrir o apetite com a degustação de queijos da serra.
16198786
16198788
