"Jacandarás vão fazer falta para resistir às alterações climáticas, é uma árvore que deve ser valorizada"
Corpo do artigo
A coordenadora do Jardim Botânico da Ajuda, do Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa, Ana Luísa Soares, afirma, em entrevista à TSF, que ficou "triste e irritada" com a decisão da Câmara Municipal de Lisboa de cortar mais de duas dezenas de jacarandás na Avenida 5 de Outubro, na zona da antiga Feira Popular de Lisboa.
Apesar de não estar ligada aos protestos em defesa destas árvores exóticas, trazidas para Portugal no século XIX, esta investigadora, doutorada em Arquitetura Paisagista, sublinha que esta árvore exótica é das que melhor se vai adaptar às alterações climáticas daqui a duas ou três décadas.
De acordo com as contas da Coordenadora do Jardim Botânico da Ajuda, em 2021, havia 352 jacarandás em toda a Avenida 5 de Outubro. Em 1939, eram 301.
O projeto da Câmara Municipal de Lisboa para a construção de um parque de estacionamento naquela avenida inclui o abate de 25 jacarandás e o transplante de outras 20, numa zona da avenida onde há atualmente 75 árvores desta espécie.