Jantar fora e oferecer flores pode ser um problema no Dia de São Valentim: eis um guia de sobrevivência para alérgicos
Em declarações à TSF, a presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica deixa algumas recomendações para quem vai celebrar esta data
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Jantar fora, oferecer flores ou até ter relações sexuais pode ser um problema para quem sofre de alergias. Por isso, a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica lança esta sexta-feira, Dia de São Valentim (ou Dia dos Namorados), um guia de sobrevivência para alérgicos. Em declarações à TSF, a presidente, Ana Morête, deixa algumas recomendações para quem vai celebrar esta data.
"É importante saber se um dos parceiros tem alergia alimentar. A alergia alimentar pode manifestar-se com a ingestão dos alimentos. É importante perceber se no menu não existe o alimento, às vezes até numa forma pequenina que nem se vê e que pode provocar uma reação. Por outro lado, também a parte do toque. Quando damos um beijo, estamos a partilhar a saliva e alguém que consumiu um determinado alimento pode causar reações alérgicas imediatas, como edema nos lábios, na garganta, manchinhas no corpo e dificuldade em respirar. Um choque anafilático é muito frequente", explica à TSF Ana Morête.
A presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica assinala que, na escolha do menu, "é importante perceber que as alergias aos crustáceos, ao marisco, aos frutos secos, aos ovos e ao leite podem estragar o jantar e comprometer a celebração deste dia".
"Podemos também falar, por exemplo, das alergias ao pólen: as flores, que são um presente icónico neste dia, podem ser complexas. Podem afetar o nariz e dar sintomas de rinite, espirros, comichão e mesmo asma", adianta.
Os doentes asmáticos devem ter sempre por perto os medicamentos, mesmo durante as relações sexuais. A presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica refere que "a sexualidade e a asma podem ser um desafio neste dia".
"A emoção, o stress, a ansiedade podem desencadear crises asmáticas, mas também o contacto com certas substâncias, como, por exemplo, os preservativos e lubrificantes", sublinha. Por essa razão, a especialista recomenda "fórmulas hipoalergénicas e sem látex para que corra tudo muito bem".
"Estar sempre com medicação e conhecer a medicação para atuar em caso de necessidade. Se o doente for muito alérgico neste dia das alergias, oferecer como presente uma consulta com um alergologista", acrescenta.