
Alberto João Jardim
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O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, afirmou hoje «o que se passa em Portugal já é demais» e defendeu a necessidade de uma mudança, criticando também a greve geral de quarta-feira.
«O que se passa em Portugal já é demais. Está na altura de ser mudado, se não for pela via constitucional, pela via que os portugueses democraticamente decidam», disse Jardim, na inauguração dos parques fotovoltaicos do Loiral e do Paúl da Serra, no concelho da Calheta.
«Não podemos estar numa situação de fazer sacrifícios todos de uma maneira que é terrível, principalmente para os mais desfavorecidos, e deixar que, por exemplo, greves sucessivas no setor dos transportes, que andam não sei há quanto tempo a se realizar neste país, sem que intervenha a autoridade democrática do Estado, andem a comer todo esforço que os portugueses estão diariamente a fazer para reequilibrar a situação financeira», argumentou o governante madeirense.
Para Jardim, esta situação «é um sinal de fraqueza do Estado, mas é sobretudo um sinal de um situacionismo podre», opinando ser «fácil estar a armar em forte com uma região autónoma pequena e praticamente sem recursos, mas não ter a força e a coragem para enfrentar os problemas de fundo do país, para de uma vez por todas pôr todos a trabalhar e não serem uns a trabalhar e outros fazer greve».
Segundo o líder regional, «é aqui que se exigem mudanças profundas na estrutura do país», adiantando que tal é impossível com a justiça e com as leis existentes em Portugal e «com uma política que penaliza apenas o lado da receitar e mantém o lado da despesa intocável, porque não quer tocar no regime».