Alberto João Jardim está fora da corrida à liderança do PSD Madeira, mas, apesar de ausente, o atual presidente do Governo Regional foi um tema incontornável do último debate da campanha que reuniu 5 dos 6 os candidatos que pretendem suceder aquele que é o político há mais tempo no ativo.
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O debate ficou marcado pelas criticas à ingerência de Jardim durante a campanha bem como pela expetativa e pelas dúvidas em relação ao papel que o ainda presidente do Governo Regional pode vir a desempenhar no futuro da Madeira e do partido.
A opinião quase unânime é que não é preciso renegar o passado. Miguel Albuquerque, o primeiro a defrontar Alberto João Jardim em eleições internas do partido defende que é preciso acabar com a prepotência e dar maior dignidade ao parlamento da região, mas apesar do apelo à mudança, o antigo presidente da Câmara do Funchal quer um papel activo para o actual presidente do governo regional.
Um papel activo que, entende Sérgio Marques, antigo eurodeputado, deveria ter sido deixado de lado durante a campanha. Também para João Cunha e Silva, vice-presidente do Governo Regional, e o único candidato que admite a possibilidade de suceder a Jardim como presidente do Governo Regional sem que se convoquem eleições antecipadas é preciso ter em conta o trabalho feito, mas também os tempos que se querem de mudança na região.
Uma história que, defende Manuel António Correia, actual Secretário Regional do Ambiente, não pode ser desligada do presente e do futuro da região.
O debate para a RTP Madeira, não contou com a participação do candidato Jaime Ramos, Secretário Geral do PSD Madeira e considerado um dos homens fortes de Alberto João Jardim.