Jerónimo acusa privados da Saúde de "se esconderem" no período mais agressivo da Covid-19

António Cotrim/Lusa
Secretário-geral do PCP apela à defesa do SNS "como um imperativo nacional" e à aplicação do "Plano de Emergência" proposto pelos comunistas.
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Jerónimo de Sousa defendeu, esta tarde, que sem o Serviço Nacional de Saúde "não haveria seguradoras e prestadores privados que valessem aos portugueses". Na abertura do encontro «Plano de Emergência Reforçar o SNS, garantir o acesso aos cuidados de saúde», o secretário-geral do PCP reiterou que, na crise sanitária vivida pelo país, só o serviço público de saúde foi capaz de evitar "a ruína e o desastre" quer na contenção do surto, quer no tratamento dos infetados.
"Se é possível retirar já algumas conclusões do período que estamos a viver no plano sanitário, é que sem o SNS no tratamento dos doentes afetados e na contenção e mitigação do surto, seria certamente para muitos deles e para todos nós, uma ruína e um desastre."
"Reafirmamos que sem o SNS não haveria, nesta situação, seguradoras e prestadores privados que, durante o período mais agressivo da Covid-19, se esconderam do vírus debaixo da cama", disse.
Para os próximos meses, garantiu, há dois caminhos possíveis. "Dois caminhos estão em decisão nos próximos meses: a defesa e reforço do SNS para garantir o direito à saúde, com a aplicação do plano de emergência para o seu fortalecimento; ou o definhamento do SNS e das suas estruturas, canalizando os fundos públicos do seu financiamento para engrossar os lucros e o poder dos grupos monopolistas da saúde", afirmou, salientando que "apesar de todas as dificuldades que lhe foram criadas, o SNS é a única resposta possível e, por isso, a opção certa é o seu reforço e a sua capacitação".
"O apelo do PCP é que os trabalhadores, os democratas, todos aqueles que ao longo dos anos mantiveram de pé esta importante conquista de Abril, que é o Serviço Nacional de Saúde, considerem a sua defesa como um imperativo nacional", concluiu.