As declarações do secretário geral do PCP surgem depois das noticias que apontam para a manutenção de Paulo Portas no Governo.
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O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, considerou hoje que Paulo Portas «se humilhou», ao reconsiderar manter-se no Governo depois de ter apresentado a demissão do Governo.
«O seu recuou foi uma prova de capitulação perante essa chantagem e as ameaças que o capital estrangeiro e nacional definiram», adiantou Jerónimo de Sousa.
O secretário-geral do PCP participou esta tarde no protesto organizado pela CGTP junto ao Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, para exigir a demissão do Governo.
Em declarações aos jornalistas, Jerónimo de Sousa criticou também a atuação do Presidente da República na gestão da atual crise política, considerando-o cúmplice em toda a situação.
«Não entendemos a posição titubeante do Presidente da República e a sua cumplicidade neste processo que estamos a seguir», disse o líder comunista, acrescentando também que «é imperativo» dissolver a Assembleia da República, tendo em conta que este Governo «não tem base social de apoio» e «está derrotado».
A realização de eleições antecipadas é uma exigência feita por toda a Esquerda.
Catarina Martins, do Bloco de Esquerda, que também participou no protesto organizado pela CGTP, considera que a actual maioria não tem credibilidade nem oferece confiança.
Ouvida pelos jornalistas, Catarina Martins reafirma que a única saída nesta altura é a convocação de eleições antecipadas.