O líder comunista olha para o país e vê uma nação doente, longe de receber alta dos cuidados intensivos como diz Paulo Portas. Jerónimo de Sousa esteve este domingo em Bragança, e respondeu às declarações do vice-primeiro-ministro.
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O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afirmou hoje que os portugueses permanecem de "baixa" e não tiveram ainda "alta médica", respondendo a uma analogia do líder do CDS-PP.
"Paulo Portas no seu estilo dizia ontem (sábado) que nós estivemos doentes e agora tivemos alta e agora é que vai ser o caminho do progresso e do desenvolvimento, pois Paulo portas esqueceu-se que nestes quatro anos muitos portugueses viram a sua vida desgraçada, continuam em baixa", afirmou, em Bragança.
Jerónimo de Sousa enumerou de seguida os "260 mil postos de trabalho (que) foram liquidados, (nos últimos quatro anos) o surto de emigração que levou do país quase meio milhão de portugueses, ou seja 10 por cento da população ativa".
Prosseguiu vincando que "estão de baixa e não tiveram alta esse 800 mil portugueses a acrescentar aos dois milhões que hoje incorrem no risco de pobreza".
"Não tiveram alta aqueles que foram ofendidos nos seu direitos fundamentais da saúde, da proteção social, da educação, não tiveram alta aqueles que viram os seus salários cortados, as suas reformas cortadas ou, pelo menos congeladas, esses não tiveram alta, esses continuam a sofrer os efeitos da política de direita", afirmou.