JMJ permitiu a Lisboa investir num ano "o mesmo que foi investido em sete anos"
À TSF, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa refere que o "reforço do orçamento" e o material que foi comprado para a JMJ "vão ficar para a cidade".
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A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) permitiu à Câmara de Lisboa investir num ano o mesmo que foi investido nos últimos sete. A revelação foi feita à TSF pelo presidente da autarquia.
Entrevistado por Fernando Alves para o Jornal da Jornada Mundial da Juventude, Carlos Moedas sublinha que o evento foi uma oportunidade única para reforçar o orçamento e comprar material que ficará para o futuro.
"Com esta oportunidade conseguimos comprar equipamento que vai ficar para a cidade. Foram sete milhões de euros para os bombeiros, para a polícia municipal, para a Proteção Civil. São oito mil contentores de lixo que comprámos e que vão ficar para a cidade e, portanto, todo este reforço do orçamento vai ficar para a cidade", explica à TSF Carlos Moedas.
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"O comandante dos bombeiros dizia-me no outro dia: 'o que nós estamos a investir este ano nos bombeiros em equipamento é equivalente ao investimento nos últimos sete anos', ou seja, num ano estamos a investir o que foi investido durante sete anos, sublinha.
O autarca da capital considera que "isto é um ganho enorme para o futuro e que, de outra maneira, teria sido difícil". "Se não tivesse este evento, a Câmara Municipal não tinha orçamento para isso. Este evento traz-nos um orçamento em que a minha preocupação foi pensar: cada euro que eu ponho, o que é que fica para a cidade?", diz, acrescentando que "dos 35 milhões, 25 milhões ficarão para a cidade".
O presidente da Câmara de Lisboa confirma que chegou a acordo com os dois maiores sindicatos de higiene urbana, evitando, assim, a anunciada greve dos cantoneiros. Carlos Moedas garante que toda a equipa da câmara de Lisboa vai estar a trabalhar 24 horas por dia durante a JMJ.
"Só naquele parque temos 600 torneiras, temos que estar a controlar se é preciso refrescar as pessoas. Vamos ter os todos os baldes do lixo, se alinhássemos os baldes do lixo naquele parque Tejo seriam quatro quilómetros e meio de baldes de lixo. Há uma dimensão que vai ser trabalhar dia e noite, nós temos quatro mil pessoas na Câmara que vão estar dia e noite a trabalhar durante aqueles dias", refere, frisando que a autarquia está a "trabalhar com todos", incluindo cantoneiros.
"Há uma grande boa vontade e há, sobretudo, um respeito e uma admiração do Presidente da Câmara pelo trabalho deles", remata.
Moedas antevê uma "semana difícil" durante a JMJ, mas garante que mantém uma "serenidade preocupada" relativamente ao evento que vai encher a cidade de Lisboa no início de agosto.
Considerado o maior acontecimento da Igreja Católica, a JMJ vai realizar-se entre 1 e 6 de agosto, sendo esperadas cerca de 1,5 milhões de pessoas.
As principais cerimónias da jornada decorrem no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.