Insolações, desidratação, gastroenterite e trauma são os principais problemas de saúde esperados na Jornada Mundial da Juventude.
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A azáfama cresce a cada dia que se aproxima a Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
Com 900 voluntários na área da saúde, a equipa precisava de espaço e teve de transferir-se para outro edifício na sede da JMJ. É aqui que os voluntários estão a coordenar-se e receber formação para o grande evento que os vai levar a trabalhar dia e noite, nos Parques Tejo e Eduardo VII e noutras zonas da cidade de Lisboa.
Margarida Gil, da equipa de coordenação da saúde da JMJ, revela que há muitos voluntários internacionais. O domínio de uma língua estrangeira, além do Inglês, foi um dos critérios para a selecção dos voluntários, que vão estar identificados com um colete azul com a palavra "saúde". Depois de receberem formação em voluntariado, avaliação de vítimas, comunicações por rádio, comunicações com as equipas do INEM, estes voluntários terão ainda, na última semana de Julho, formação em suporte básico de vida, com a utilização de desfibrilhadores.
Margarida Gil garante que está tudo preparado, mas estes últimos dias são "quase uma corrida contra o tempo", para finalizar, organizar e distribuir os voluntários. Eles funcionarão em equipas móveis, equipadas com mochilas de socorrismo, e estarão em tendas, cada uma com dois voluntários fixos.
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No Parque Tejo, haverá "55 tendas e 55 equipas apeadas", além dos dois hospitais de campanha do INEM. Já no Parque Eduardo VII, estará instalado um posto médico avançado, mas os voluntários da saúde vão distribuir-se também por outras zonas da cidade, como a Avenida da Liberdade e o Terreiro do Paço.
Entre os principais riscos esperados, estão as insolações, desidratação, gastroenterites e traumas, uma vez que muitas pessoas deverão "circular em trotinetas ou bicicletas eléctricas". De resto, a mobilidade é um dos "desafios" para estes voluntários, que estarão "ligados em permanência", garante Margarida Gil. Apesar de preverem "algum tempo de descanso", os médicos e enfermeiros voluntários estão a procurar "casas onde ficar" junto de familiares que residam junto aos pontos de maior concentração da JMJ.
E se o Papa precisar de assistência médica, Margarida Gil lembra que Francisco traz a sua equipa médica, mas "as estruturas do SNS estão perfeitamente reparadas para o receber". Da parte dos voluntários, "tudo faremos para garantir que nada falha nesta resposta, mas está entre, e bem entregue, às estruturas de apoio que, habitualmente, já o fazem".
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