A deputada única do Livre e o assessor parlamentar do partido decidiram apagar as suas contas na rede social Twitter.
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Joacine Katar Moreira apagou a sua conta de Twitter na sequência das sucessivas polémicas em que se tem visto envolvida desde que chegou à Assembleia da República.
A deputada única do Livre abriu conta nesta rede social em março de 2019, usou-a muito durante a campanha eleitoral e nos últimos meses continuava a recorrer a este meio para divulgar as suas mensagens políticas e transcrições das suas intervenções no Parlamento.
O impacto de Joacine Katar Moreira nas redes sociais foi inicialmente positivo, mas o cenário alterou-se depois da abstenção num voto sobre a Palestina e consequente desentendimento com a direção do partido, do episódio da escolta no Parlamento, da saída de Miguel Dias por não se rever "na forma e postura política" do partido e da entrega fora do prazo do projeto de alteração à Lei da Nacionalidade.
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Nos últimos dias, as publicações da deputada tornaram-se alvo de centenas de comentários depreciativos e a deputada revelou que chegou mesmo a receber mensagens de ódio e ameaças no telemóvel.
Foi ainda uma discussão no Twitter que espoletou uma das primeiras polémicas no Livre: uma troca de argumentos intensa com Daniel Oliveira, depois de este tecer várias críticas ao rumo do partido, com Joacine a acusar o jornalista e comentador de ter um discurso semelhante ao da extrema-direita.
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Também o assessor parlamentar de Joacine apagou a conta de Twitter que usou para justificar a decisão de chamar um elemento da GNR para escoltar a deputada do Livre dentro do Parlamento.
Rafael Esteves Martins usou o Twitter para criticar os jornalistas, acusando-os de interrupções constantes. "Larguem o osso", escreveu, salientando que a "cultura de trabalho" da deputada do Livre se prende com uma "cultura de descanso, no sentido intelectual do termo".
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Questionada pela TSF, Joacine Katar Moreira não comenta o que motivou a decisão de abandonar o Twitter.