Joacine no Parlamento. "A minha eleição é um sinal de amadurecimento democrático"
Joacine promete lutar no Parlamento por mais igualdade, investimentos na Saúde e Habitação e um orçamento específico para o combate às alterações climáticas.
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No primeiro dia como deputada na Assembleia da República, Joacine Katar Moreira garante que ter sido eleita é, "além de um enorme desafio, uma alegria enorme".
"Não sou eu, o meu partido ou os 58 mil eleitores que me elegeram que devemos celebrar. A minha eleição é uma conquista da sociedade portuguesa e um sinal de amadurecimento democrático", salienta a deputada nascida na Guiné- Bissau há 37 anos e que foi a primeira mulher negra a liderar a lista de um partido candidata às eleições Legislativas.
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Sem negar "o nervosismo" pela estreia como deputada no Parlamento, Joacine Katar Moreira confessa que acordou uma hora e meia antes da hora habitual e, antes de chegar a São Bento, foi, como costuma, levar a filha de três anos ao infantário na zona dos Anjos, de onde apanhou o metro para a estação da Baixa Chiado, seguindo a pé para a Assembleia da República.
Sorridente, de vestido encarnado e casaco preto, com as longas tranças impecavelmente apanhadas, a deputada falou à TSF sobre "as bandeiras que quer erguer" no Parlamento onde é a única deputada em representação do partido. "Queremos garantir a redução das assimetrias sociais: igualdade, igualdade, igualdade. Isso significa garantir o aumento do salário mínimo para os 900 euros até ao fim da legislatura", afirma, acrescentando ser "fundamental" um maior investimento no Serviço Nacional de Saúde e uma aposta no investimento em habitação pública.
Alterar a lei da nacionalidade, "atribuindo a qualquer indivíduo que nasça em Portugal automaticamente a cidadania" é outra das metas a atingir pela deputada do Livre, que defende ainda "um orçamento específico para o combate às alterações climáticas".