João Proença, o líder da UGT, no Fórum TSF, explicou que das empresas que já visitou, esta manhã, tirou a conclusão de que esta greve está a ser mais participada do que a última.
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Sobre a greve geral desta quinta-feira João Proença diz que esta paralisação está a ser mais participada do que a última.
«Neste momento a avaliação que fazemos é que está a ter maior impacto, maior número de pessoas a fazer greve do que há um ano, por alguns dados, em especial das empresas que visitámos, empresas privadas, como é o caso dos trabalhadores portuários que estão parados de Norte a Sul do país», disse.
A Autoeuropa está igualmente com um nível de adesão superior ao do ano passado, acrescentou o líder da UGT, sublinhando que também no sector público, no sector do lixo, das câmaras municipais e dos transportes, os dados apontam para uma forte participação.
A CGTP e a UGT convocaram pela primeira vez uma greve geral em conjunto em Outubro de 2010, que se concretizou a 24 de Novembro do ano passado, contra as medidas de austeridade aplicadas, na altura, pelo Governo socialista, nomeadamente a taxa extraordinária sobre o subsídio de Natal deste ano.
Desde que a greve começou, há registo de alguns problemas. Num comentário a esta situação, João Proença admitiu que existe um conflito entre a polícia e os piquetes e atribuiu esta situação a um diferendo sobre serviços mínimos.
«Há decisões de tribunais arbitrais claramente exageradas e que dividiram e exacerbaram certos conflitos», disse, dando o exemplo da Carris que decretou 50 por cento das carreiras como serviços mínimos, o que configura um «exagero» e que «põe em causa o direito à greve».
A UGT está a investigar se a Carris usou «mecanismos ilegais», ou seja, «se o número de autocarros em circulação foi superior ao número determinado pelo tribunal arbitral». «Estamos perante um caso extremamente grave», acrescentou.