«Reconheço todas as preocupações do presidente angolano. Nós, portugueses, não podemos ter o preconceito que sempre tivemos, mas vamos continuar a ter enquanto não houver alguém que ponha cobro a isto [a tensão diplomática entre os dois países]», afirmou o presidente da Controlinveste, Joaquim Oliveira, à margem da conferência "Empresas na Caixa", organizada no Porto pela Caixa Geral de Depósitos em parceria com o Jornal de Notícias, Diário de Notícias, Dinheiro Vivo e TSF.
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Joaquim Oliveira entende que «não é bom para a economia portuguesa continuar todos os dias a duvidar da credibilidade dos angolanos».
«Não acho que haja quezília nenhuma com o presidente José Eduardo dos Santos. Acho que Angola tomou uma posição relativamente às fugas de informação em Portugal, em que todos os dias se torra nos jornais o nome honrado das pessoas», acrescentou ainda o presidente da Controlinveste.
Questionado pela agência Lusa sobre as negociações alegadamente em curso com vista a uma nova estrutura accionista da Controlinveste - e que, segundo tem vindo a ser noticiado, prevêem a entrada no capital do empresário angolano António Mosquito e da banca - Joaquim Oliveira afirmou: «Não tenho rigorosamente nada para dizer sobre negociações. Há meses consecutivos que ando a ouvir contar nos jornais e meios de comunicação social negócios com angolanos que nunca se concretizaram. Eu nunca falei, nunca disse nada. Nunca vi nenhum angolano dizer que estava interessado em comprar ou em vender».