Empresário é suspeito de ter cometido crimes de burla agravada, fraude fiscal e branqueamento de capitais. Advogado também foi detido.
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O colecionador e empresário Joe Berardo foi detido, esta terça-feira de manhã, por suspeitas de crimes como burla qualificada, fraude fiscal e branqueamento de capitais à Caixa Geral de Depósitos, banco através do qual conseguiu empréstimos em 2016, avançou a TVI e confirmou a TSF. A detenção aconteceu na sequência de uma megaoperação do Ministério Público e a Polícia Judiciária em Lisboa, Funchal e Sesimbra.
Além de Joe Berardo, também André Luís Gomes, o seu advogado, foi detido no âmbito deste processo. Ambos deverão passar a noite nas instalações da Polícia Judiciária, para serem presente ao juiz na quarta-feira.
Esta operação envolveu 180 profissionais, 138 da PJ, 26 da Autoridade Tributária, 9 do Ministério Público e 7 JIC. Ao todo, foram efetuadas 51 buscas, 22 buscas domiciliárias, 25 buscas não domiciliárias, três buscas em instituição bancária e uma busca em escritório de advogado.
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A investigação começou em 2016 e identificou procedimentos contrários às boas práticas bancárias, que podem configurar a prática de crime.
"A operação da PJ incidiu sobretudo num grupo económico, que entre 2006 e 2009, contratou 4 operações de financiamentos com a CGD, no valor de cerca de 439 milhões de euros. Este grupo económico tem incumprido com os contratos e recorrido aos mecanismos de renegociação e reestruturação de dívida para não a amortizar. Atualmente este grupo económico causou um prejuízo de quase mil milhões de Euros à CGD, ao NB e ao BCP", pode ler-se no site da Polícia Judiciária.
Os investigadores procuram indícios de "atos passíveis de responsabilidade criminal e dissipação de património".
Segundo o Departamento Central de Investigação e Ação Penal, o inquérito encontra-se em segredo de justiça.
Notícia atualizada às 16h09