A TSF foi conhecer a Casa da Música Jorge Peixinho, no Montijo, antes da abertura ao público.
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Foi ontem inaugurada a Casa da Música Jorge Peixinho, no Montijo. A infraestrutura é um desejo antigo dos montijenses, para darem o devido e merecido destaque a um filho da terra, com o objetivo de homenagearem um dos mais importantes compositores da segunda metade do século XX, que morreu em 1995.
Luís Jorge Gonçalves, historiador, museólogo, e professor na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, é o responsável pelo espaço museológico. Em entrevista à TSF, explica que "Jorge Peixinho foi um músico do seu tempo."
"Entendeu as mudanças que estavam a acontecer na música, nomeadamente com a famosa Escola de Darmstadt, que era herdeira da segunda Escola de Viena, fundada por Schönberg, entre outros. Jorge Peixinho vai ser em Portugal um dos grandes representantes dessa escola musical, que é pioneira em muito deste mundo polifónico que vivemos hoje, de sons do mundo. Eles eram, antes de mais, exploradores de sons. E Jorge Peixinho vai ser exatamente isso, um explorador de sons, de sons do mundo".
Na Casa da Música Jorge Peixinho "vamos entender o percurso de Jorge Peixinho, ou seja, aquele explorador de sons. Ele tinha uma enorme coleção de instrumentos musicais de todo o mundo: de África, da Ásia, de Portugal, das culturas populares e dessas tradições. Felizmente esse espólio está na posse da Câmara Municipal do Montijo, e vamos expô-lo agora, associado ao seu próprio piano", revelou o Luís Jorge Gonçalves.
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