Jovens que ameaçaram escolas precisam de acompanhamento "social e até médico"
O diretor da Polícia Judiciária afirmou que os jovens não tinham intenção de praticar os crimes.
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O diretor da Polícia Judiciária, Luís Neves, revelou que os cinco jovens que fizeram ameaças nas redes sociais contra escolas precisam de acompanhamento "social, de inserção e até médico" e que as autoridades portuguesas tiveram de trabalhar em modo de cooperação policial internacional neste caso.
"Há aqui padrões comuns de desarticulação e desagregação familiar e naturalmente estamos a falar de jovens, na ordem dos 14/15 anos, que precisam, de facto, de ser monitorizados e acompanhados do ponto de vista social, de inserção e até médico", explicou Luís Neves aos jornalistas.
No entanto, o responsável afirmou que não havia intenção de praticar os crimes.
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"Quando iniciámos tínhamos a mente aberta, para ver as opções todas, e verificámos que, de facto, havia a necessidade de algum voyeurismo e de passagem destas mensagens", acrescentou o diretor da PJ.
A Polícia Judiciária (PJ) identificou cinco adolescentes em Odivelas, Vila Nova de Gaia, Leiria e Aveiro que lançaram as ameaças "por brincadeira". Os jovens, que assumiram a autoria das publicações nas redes sociais, disseram à polícia que não tinham noção da dimensão e do impacto das ameaças e que "foi apenas uma brincadeira".
As ameaças de ataques a escolas começaram na semana passada e preocuparam a PJ, porque continham fotos de armas e foram rapidamente partilhadas milhares de vezes, acrescentou Alves da Cunha.
A PJ monitoriza diariamente as redes sociais, numa perspetiva de prevenção para que estes "fenómenos miméticos" ou crimes de ódio ou incitamento ao mesmo "sejam rapidamente estancados", evitando assim o alarme social.
Em comunicado a polícia tinha adiantado que não há quaisquer indícios da radicalização ou extremismo destes jovens e que estas situações terão ocorrido na sequência de publicações na rede social Tik Tok, com origem no estrangeiro, onde é feita alusão ao massacre de Columbine, nos Estados Unidos, ocorrido há 24 anos.