JSD questiona Ministério da Educação sobre custos dos sindicatos para o erário público
Os deputados da JSD questionaram hoje o Governo sobre os encargos que os sindicatos do setor da Educação representaram para o Estado em 2012 e 2013, argumentando que a atividade sindical «deve ser escrutinada».
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Num requerimento dirigido ao ministério da Educação e Ciência, hoje entregue no Parlamento, o deputado do PSD Hugo Soares perguntou «quantos sindicatos existem no setor da Educação», qual o «valor transferido para os sindicatos durante o ano de 2012 e orçamentado para 2013» e como são discriminados os gastos.
O deputado justificou a oportunidade da pergunta face aos «acontecimentos recentes que impossibilitaram milhares de jovens de realizarem os seus exames nacionais», referindo-se à greve dos professores da passada segunda-feira.
«Alguns dirigentes sindicais parecem ter agendas próprias e mediáticas ao invés de acautelarem os superiores interesses do setor que representam», sustentaram, no requerimento.
Para Hugo Soares, «é por tudo isto que a atividade sindical deve e merece ser escrutinada», pela «sua legitimação e credibilização».
Questionado pelos jornalistas, no Parlamento, sobre se sugere a redução dos custos da atividade sindical para o erário público, Hugo Soares afirmou que antes de admitir essa possibilidade, quer saber quais são os encargos.
«Acho legítimo que se saiba quanto custam os representantes do povo na Assembleia da República, acho legítimo que se saiba quanto custam os presidentes de câmara, as juntas de freguesia. E não é legítimo eu perguntar quanto custam os sindicatos na Educação, quanto é que pagamos de impostos para os sindicatos que na segunda-feira passada puseram em causa o futuro de milhares de jovens portugueses?», questionou.
O deputado ressalvou que a JSD reconhece a importância dos parceiros sociais e dos sindicatos, referindo, no requerimento, que «não têm qualquer assombro ou dúvida sobre a importância da atividade sindical».
O deputado argumentou ainda que os custos devem ser conhecidos «numa altura em que é fundamental que todos os portugueses percebam a equidade dos sacrifícios que são pedidos e que ao mesmo tempo se exigem cortes na despesa do Estado com vista a uma redução da carga fiscal».