O líder da JSD e o antigo presidente "laranja", Marques Mendes, defenderam, a noite passada, uma exigência antiga de Passos Coelho: julgar Sócrates e ex-ministros pelo estado em que deixaram o país.
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Depois dos anúncios e explicações do primeiro-ministro, Duarte Marques, líder da JSD, "espalhou" pelas redes sociais uma exigência, que depois partilhou com a TSF.
Duarte Marques defendeu que «é tempo dos políticos serem responsabilizados pelos seus actos e em Portugal, infelizmente, existiu nos últimos anos uma governação desvairada e irresponsável que levou o país a este situação».
Nesse sentido, acrescentou, «a JSD considera que é tempo de agir e responsabilizar criminal o ex primeiro-ministro José Sócrates e todos os membros do seu Governo».
O líder da juventude "laranja" fez ainda um pedido ao Procurador-Geral da República para «que accione os meios que tem à sua disposição, para investigar e levar a julgamento os verdadeiros responsáveis pela situação a que chegou este país».
«Foi já avaliado pelo próprio Tribunal de Contas que as decisões tomadas nos últimos anos, em especial pelo Governo do engenheiro Sócrates, que escondeu as contas aos portugueses e criou contratos que põem em causa o futuro das novas gerações», defendeu Duarte Marques.
Em resposta, já esta manhã na TSF, o secretário-geral da Juventude Socialista (JS), Pedro Alves, considerou que o jovem adversário está apenas à procura de manchetes bombásticas, com declarações sem qualquer fundamento.
«São [declarações] absurdas, desde logo porque são juridicamente 'infundamentadas'. Obviamente que há responsabilização por parte do eleitorado quando entende que a gestão não é positiva. A crise internacional neste momento é uma realidade para o PSD e para o CDS intermitentemente relevante, quando na realidade é necessário penalizar o Governo anterior, não há crise internacional nenhuma», sublinhou Pedro Alves.
Também o antigo líder do PSD, Marques Mendes, afirmou, a noite passada na TVI24, que «governantes no plano nacional, local e regional que se envolvem em atitudes irresponsáveis, danosas e de violação de orçamentos, devem ter não apenas uma responsabilização política, mas também financeira e criminal».
«Todos nós, uns mais do que outros, vamos pagar os erros que cometeram políticos e governantes que andaram durante muito tempo a dizer que estava tudo bem», acrescentou Marques Mendes.