Apesar de ser a segunda vez que desloca de Braga até Lisboa em vão, o antigo responsável pela pasta da Economia insiste que está "preparadíssimo" para "refutar uma acusação que tem por base uma acusação sem nexo".
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O julgamento do processo EDP, em que são arguidos o antigo presidente do BES, Ricardo Salgado, o ex-ministro da Economia Manuel Pinho e a mulher Alexandra Pinho, foi novamente adiado, devido à greve da função pública.
À saída do tribunal, o ex-ministro da Economia disse aos jornalistas, "que merecia um pouco de respeito", uma vez que é a segunda vez que se desloca até Lisboa em vão. No entanto, reforçou que está "preparadíssimo" para "refutar uma acusação que tem por base uma acusação sem nexo".
Por seu turno, o advogado de Ricardo Salgado, Francisco Proença de Carvalho, considerou que "não vale a pena responsabilizar os funcionários judiciais pelo atraso do processo", uma vez que "o inquérito demorou mais de 10 anos".
"Não foi por culpa dos funcionários judiciais" que houve tanta morosidade neste processo", afirmou.
Manuel Pinho está prisão domiciliária desde dezembro de 2021, em Braga, e é acusado de um crime de corrupção passiva para ato ilícito, outro de corrupção passiva, um crime de branqueamento de capitais e um crime de fraude fiscal.
No caso EDP estão também submetidos a julgamento Alexandra Pinho, por um crime de branqueamento e outro por fraude fiscal, em coautoria material com o marido, e Ricardo Salgado por um crime de corrupção ativa para ato ilícito, um crime de corrupção ativa e outro de branqueamento de capitais.
O início do julgamento estava inicialmente marcado para dia 3 de outubro, terça-feira, mas foi adiado devido à greve dos funcionários judicias. Segundo disse aos jornalistas um funcionário do tribunal, a primeira sessão deverá acontecer na próxima terça-feira.
A greve desta sexta-feira foi convocada pela Federação Nacional de Sindicatos Independentes da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (FESINAP) para a Administração Pública Central, Regional e Local e para entidades do setor público, que abrange os funcionários judiciais.
Notícia atualizada às 10h19