Junta de Santa Maria Maior pede a imigrantes que não respondam a protestos extremistas
Em causa estão manifestações de movimentos de extrema-direita e de grupos antirracistas, em Lisboa, agendadas para fevereiro.
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A junta de freguesia de Santa Maria Maior, em Lisboa, olha “com preocupação” para as manifestações previstas para o primeiro fim de semana de fevereiro organizadas por grupos de extrema-direita, por um lado, e antirracistas, pelo outro.
Além do protesto ligado à extrema-direita, marcado para o dia 3 de fevereiro, nas zonas do Martim Moniz, Intendente e Mouraria, o Expresso noticiou esta segunda-feira que um grupo de ativistas vai opor-se a esta manifestação para mostrar “defesa e resistência” à marcha “islamofóbica”.
“Uma tentativa de contra resposta vai gerar ainda mais violência e no final a responsabilidade vai cair toda sobre a comunidade imigrante”, alerta o presidente da junta de Santa Maria Maior, Miguel Coelho, em declarações à TSF.
“O conselho que dou é que não se envolvam e que confiem nas autoridade de segurança para que se sintam protegidos. Não se envolvam de maneira nenhuma neste tipo de confronto”, apela.
Miguel Coelho lembra os problemas de integração dos imigrantes, “sobretudo ao nível de legalização dos problemas de documentos”, e insiste numa intervenção do Estado e das autarquias para melhorar a capacidade de resposta.
A junta de freguesia de Santa Maria Maior não prevê adotar medidas de segurança especiais para os protestos.