O movimento "Juntos Podemos" decidiu hoje não excluir a sua constituição como partido político para concorrer às próximas eleições legislativas, remetendo para o dia 24 de janeiro uma decisão sobre esta matéria.
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A proposta de não excluírem poder a vir a participar nas próximas eleições foi defendida pela antiga deputada do Bloco de Esquerda Joana Amaral Dias e pelo jornalista Nuno Ramos de Almeida e votada, entre outras, numa "assembleia cidadã" que terminou hoje em Lisboa.
A assembleia decidiu também que, embora remetam para um outro momento a discussão da criação de um partido (uma outra assembleia a realizar no dia 24 de janeiro), começam já a recolher assinaturas para entregar no Tribunal Constitucional e poderem constituir-se como partido, que é a única forma legal de concorrerem às eleições legislativas, em que não se admitem listas de movimentos de cidadãos.
«Houve um consenso geral de que será sempre um movimento de cidadãos, que depois pode assumir formas diversas em função das circunstâncias», sintetizou aos jornalistas João Romão, que, tal como Ramos de Almeida e Joana Amaral Dias estava na mesa da assembleia e faz parte da equipa coordenadora do "Juntos Podemos".
Houve várias propostas a serem votadas: a de se avançar imediatamente para a criação de um partido (teve 4 votos), a de o "Juntos Podemos" permanecer somente um movimento (reuniu 21 votos), a de não excluir a sua constituição como partido e iniciar já uma recolha de assinaturas nesse sentido (a proposta que venceu, com 84 votos).