"Justo seria 12%." Atualização de acordo de cooperação entre Governo e IPSS chega aos 10%
"É bem provável que em setembro que os valores desta atualização já sejam bem visíveis", diz o presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade à TSF.
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As Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) estão satisfeitas com a revisão dos valores dos acordos de cooperação elaborada com o Governo, mas acreditam que poderia ter sido um bocado melhor.
"Privilegiaram-se as valências de apoio a idosos, nomeadamente as valências residenciais, como a Estrutura Residencial para Pessoas Idosas, centro de dia e serviço de apoio domiciliário. Aí há uma atualização que - além dos 5% que tinha sido antecipado em dezembro - é de mais 6% em média geral. Para as outras valências há mais 3% de atualização. Isto dá uma média aproximada (passa qualquer coisa) de 10%, olhando a todas as valências. Nós tínhamos estabelecido como mínimo os 10%. Justo seria 12%", disse à TSF Lino Maia, presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade.
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Em dezembro do ano passado foi decido um aumento de 5% para estes valores devido à crise inflacionista, depois de as IPSS terem reclamado mais verbas. O acordo agora assinado (também pela União das Misericórdias, prevê o pagamento de retroativos a janeiro, dinheiro que entrará nos cofres das instituições já em setembro.
"Provavelmente em setembro as instituições vão receber os retroativos referentes a janeiro e aos meses seguintes. Claro que há que implementar no sistema para que isso seja possível, mas é bem provável que em setembro que os valores desta atualização já sejam bem visíveis", refere Lino Maia.
Também já há negociações à vista para o próximo ano, já que os custos de exploração, em especial com alimentação, energia e combustíveis, não param de aumentar: "Temos de ver como evolui a inflação, temos de apostar mais na valorização dos trabalhadores, porque os vencimentos neste setor, com trabalho pesado, embora não estejam abaixo da média da economia em geral, temos de apostar em valorizar os trabalhadores. Então, há um caminho a percorrer que é o da cooperação pública chegar aos 50% destas frequências."