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Os doentes psiquiátricos urgentes vão deixar de ter acesso a uma injeção utilizado em episódios de crise, porque o laboratório solicitou um aumento de 348 por cento no preço. O Infarmed não aceita esta subida e por isso o laboratório revela que vai retirar o medicamento do mercado português.
O medicamento em causa é uma injeção intramuscular dada a doentes esquizofrénicos e bipolares quando estão descompensados.
De acordo com o Jornal de Notícias (JN), o laboratório que produz a injeção propôs um aumento de preço passando dos atuais 4 euros e 82 cêntimos para 21 euros e 60 cêntimos.
A empresa Lilly Portugal justifica o pedido com os custos de produção e refere que a revisão de preço iria traduzir-se num aumento de encargos para o Serviço Nacional de Saúde de dez mil euros anuais.
Por outro lado, o Infarmed, que não aceita este aumento, garante que existem alternativas no mercado e informa que a mesma substância mantém-se disponível em comprimidos.
Apesar das alternativas existentes, os médicos dizem que elas têm mais efeitos secundários. Os clínicos escutados pelo JN dizem que este "corte" representa um retrocesso de 30 anos na psiquiatria de urgência já que esta injeção é um medicamento considerado precioso e usado em doentes agitados, seja nas urgências ou em internamento.