Lei de bases da saúde. PSD e CDS acreditam que acordo não resolve problemas do SNS
Os partidos da oposição ao Governo reagem criticamente ao acordo dos partidos à esquerda para viabilizar a lei de bases da saúde.
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O PSD e o CDS acreditam que a aprovação da lei de bases da saúde não vai melhorar a vida da população que utiliza o Serviço Nacional de Saúde. É assim que os partidos da oposição ao Governo reagem ao facto de os partidos da esquerda terem chegado a acordo para viabilizarem a lei.
Entrevistada pela TSF, a deputada do CDS Ana Rita Bessa defende que o efeito da lei não é mensurável: "O que nos parece é que este entendimento mesmo à boca da urna, no final da legislatura, serve para marcar um posicionamento político simbólico, fazer honra aos elementos do Bloco e do PS, Arnaut e Semedo, que lançaram publicamente esta discussão, mas na prática tem um valor que não está concretizado e que dependerá muito do que venha a ser a próxima solução governativa."
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No mesmo plano, a centrista sublinha que esta é uma solução "que agrada particularmente aos partidos, mas muito pouco às populações".
A mesma visão é partilhada pelo deputado social-democrata Ricardo Baptista Leite que considera que a lei "não resolve os problemas fundamentais das pessoas, dos doentes e dos profissionais que lidam com o SNS todos os dias"
"Aquilo que constata é uma colagem do Partido Socialista à esquerda radical numa matéria de importância muito relevante, que é na área das políticas de saúde do nosso país. Esta é uma viragem que nunca tinha sido assumida de uma forma tão clara e que eu creio que é preocupante", assegura o deputado do PSD.