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A Associação dos Lesados do Banif assegura na TSF que quer "esgotar a via do diálogo" com o Governo, antes de avançar para a justiça, mas lança ultimato ao primeiro-ministro
Os lesados do banco Banif ameaçam processar o Estado português, caso o Governo não se reúna com a associação que os representa, até ao final de janeiro.
O aviso foi deixado esta quarta-feira pelo presidente da ALBOA, a Associação de Lesados do Banif, depois desta ter enviado uma carta aberta ao Governo, na véspera, insistindo que estas pessoas continuam à espera de uma reunião com o primeiro-ministro. O encontro foi prometido em julho de 2024 para setembro do mesmo ano, mas os lesados asseguram que nunca se realizou.
Ouvido pela TSF, Jacinto Silva, o responsável pela associação, explica que a ALBOA vai deixar passar o Natal, mas quer respostas do Governo "durante o mês de janeiro", o mais tardar. "Se obtivermos resposta, estamos cá para dialogar. Caso contrário, daí tiraremos as conclusões [para] tomar outras atitudes, nomeadamente judiciais", explica, admitindo que tal pode passar por processar diretamente o Estado.
A ALBOA assegura que quer "esgotar a via do diálogo" com o Governo, antes de avançar para a justiça, mas avisa que a carta aberta serve como um ultimato ao primeiro-ministro Luís Montenegro.
A Associação de Lesados do Banif representa mais de 1700 pessoas, afetadas pela falência do banco, em 2015. O caso provocou perdas financeiras que ultrapassam os 240 milhões de euros.